Exportações de carne suína: Em declaração, via webinar, Tereza Cristina, ministra da Agricultura, informou que uma unidade frigorífica brasileira, especializada no fornecimento de suínos, foi habilitada para comercializar sua produção com o país asiático. O Vietnã é um dos mais recentes parceiros comerciais do Brasil.
Apenas a partir de 2016 é que abriu suas fronteiras para receber produtos agropecuários brasileiros. É certo que essa procura só surgiu após problemas com frigoríficos africanos, que enfrentavam durante esse período a ASF (Febre Suína Africana). E mesmo com relações tão recentes, os vietnamitas já estão entre os principais importadores dos alimentos produzidos no país – quando se considera o valor e volume das vendas agropecuárias, é o 8º maior aliado comercial.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Vietnã, somente entre janeiro a abril de 2020, comprou 5.900 toneladas de carne suína. Quando comparamos esse quadrimestre em 2019 houve um crescimento de 68% nas exportações. No acumulado total, a quantidade de carne de porco vendida no ano passado, para esse parceiro, ultrapassou as 12 mil toneladas, número que possivelmente será batido em 2020, mantendo o passo.
E a consolidação dessa parceria não se resume a pecuária, os itens agrícolas também são bem recebidos pelos vietnamitas. Em 2019, por exemplo, os produtores brasileiros exportaram US $ 27,5 bilhões. Observando os números de 2018, essas vendas alcançaram os US $ 22,6 bilhões, acréscimo significativo. A liberação da unidade frigorífica para fornecer carne suína demostra que outras oportunidades estão por vir. O mercado asiático é um dos mais atrativos para atividade agropecuarista.
E para se firmar nesse cenário, ainda de acordo com a ministra, houve aprovação de outras 700 propriedades, que estão aptas para produção de 65 itens agrícolas. Tudo que for gerado nessas instalações será vendido para 24 países. É momento do Brasil se mostrar como fornecedor relevante de alimentos para o mundo.